Os Cristãos são aconselhados a não encararem o migrante, o desconhecido, como ameaça, rival, concorrente” mas como uma bênção disfarçada: “uma oportunidade ou um instrumento que desperta em nós os melhores sentimentos, fazendo-nos merecer sermos chamados seres humanos com um coração”.
O Arcebispo de Joanesburgo, Buti Tlhagale disse durante uma celebração do Jubileu Cinquentenário do SCEAM em Joanesburgo a 10 de Fevereiro 2019, que foi parte da Celebração Internacional e da cerimónia de boas vindas do Coadjutor Arcebispo de Durban, Dom Abel Gabuza.
O fórum olhou para a aspiração colectiva de nos tornarmos uma Igreja Católica que abraça a diversidade e a complementaridade e as aspirações do povo do continente para a promoção da paz, unidade, solidariedade, progresso económico e movimento mais livre de pessoas.
O Arcebispo de Joanesburgo lembrou a todos os presentes o facto de os migrantes e refugiados permanecerem medrosos e vulneráveis: muitos emp
regadores exploram a sua condição e não lhes pagam salários dignos e aqueles que não têm documentos válidos sofrem também ameaças continuadas de prisão.
Adiantou também que faz sentido para a Igreja promover instituições de bem-fazer ao serviço dos migrantes. Os esforços das organizações não-governamentais e outras instituições religiosas devem ser fortalecidos nas suas tentativas sérias de aliviar a condição dos migrantes e refugiados. Como Igreja, como cristãos, estamos preocupados com o alívio do sofrimento humano e com o fortalecimento do bem-estar em larga escala. Cada pessoa, para além das suas origens, merece uma oportunidade valiosa de satisfazer as suas necessidades, de cuidar da sua família.
Mais ainda, o Arcebispo sublinhou que “se não estivermos dispostos a ajudar os
O arcebispo Stephen Brislin, da Cidade do Cabo, ilumina a vela do jubileu SCEAM
outros, devemos pelo menos não os ferir ou maltratar”. “Não devemos lançar fogo às suas casas, destruir os seus haveres, roubar as suas lojas e infligir-lhe dos / causar-lhes sofrimento”.
Recorrendo à Carta de São Paulo aos Gálatas, ele lembra-nos que somos filhos e filhas de Deus: “Todos vós fostes baptizados em Cristo. Não Judeu nem Grego, escravo ou livre, homem ou mulher. Todos somos herdeiros de acordo com a promessa”. (Gál. 3, 26); devemos derrubar os muros que nos separam, abraçar o outro e “fazer como Deus quer que façamos”